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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Fuga

Minha fuga passa por mãos.
Mãos grandes e grossas,
mãos finas, delicadas,
mãos que acariciam,
ou até mesmo, mãos que matam.
Minha fuga escorrega pelas coxas.
Coxas pequenas e largas,
coxas lisas e cheia de água,
coxas que se encostam,
ou até mesmo, coxas que me esmagam.
Mas, o máximo da minha fuga,
é derreter o corpo inteiro.
Meu corpo derrete como quase um recheio.
Derrete por todos os corpos,
nem precisa ser alheio.Inteiro.


24/01/2014

De mim.

Já não quero esse não sentimento dentro de mim.
Já não quero você sem mim.
Já não quero seu corpo dentro do meu.
Já não quero o meu prazer, pelo prazer alheio.
Já não quero o próprio.
Já não quero o dito pelo redito.

Quero o empecilho.
Quero menos eu e mais você, não.
Quero meu eu acima de você.
Quero caminhos e estradas longas.
Quero adiantar o passo sem olhar a sombra.
Quero vagar e cantar sem rumo.

Querer eu quero o mundo,
não querer, também não quero nada.
Mas, é que eu preciso de um pouco de mim.
Nem que seja por um instante,
nem que seja pra distrair.


 28/01/2014