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domingo, 12 de fevereiro de 2017

Carta de Reintegração

Quem não ama o amor em desconforto,
seria egoísmo chama-lo de estorvo?

Desaprendi a amar
por não saber se quero ou não
se se aprisiona em meu peito
o sinal de amor em reclusão

Desaprendi a escrever
e não fazer mais canção
e se as palavras param de renovar
Imagino eu, ser alerta de observação.

"To acampada num coração
sem saber o destino certo,
meu barraco as vezes molha
enquanto eu choro, molha o colchão

Ontem a noite sorri pra lua
/um riso longo de pedido
Pra talvez me assentar
Mas, tenho medo desse perigo"

Me ocorreu em pensamento
Que talvez não seja o momento
De querer pensar a vida
Se me penso ser movimento

Mas, acontece se não penso
Em alerta eu não fico
E nunca fui de levar
A vida de improviso

O medo é angústia
Das mais anunciadas
Que as vezes some no meio
Do vento, terra e da água

Por isso, por decisão
me parece que houve, carta de reintegração.

7 de fevereiro de 2017

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

uma tese qualquer

Entender as diferenças em suas formas
Reparar em cada movimento do outro
e como se restaura suas normas

Compreender entre o ontem e o hoje,
o amanhã.

Entre textos e livros
substantivos e adjetivos
com quantas teses se faz
o que eu chamaria de improviso?

Vai além da visão.
Enxergar o outro como composto
e doa-lo a mão.

Não,
nem delicado nem preciso
se houver a indelicadeza
de só olhar o umbigo

Aviso
é mais alerta de perigo
reveja a tal da joça
que nos cerca a libido

Pedido
conforme tudo que foi dito
eu peço veemente
que cresçam olhos, mas para o ouvido.

E acerte
se tiver que fazer tese
pese o corpo que não cede
o corpo que implode
e não vive como herege

E siga
caminho só é caminhado
quando se tem gente do lado
seja barulho ou calado
seja gritado ou conversado
seja vivo ou morte em relembrado
Sigamos sendo jovens
por consequência, Revolucionários.

15 de janeiro de 2017


Insegurança

Sei do seu início
e então do recomeço
por onde que perpassa
antes de tomar o corpo inteiro

Cada veia que se atinge
e perfume em nervo
se encostando muito perto
do que chamaria de medo

Receio

Mais que forte quando vem
seu começo a mais de 100
por hora
onde não se imaginava
tomar forma logo agora

Desde quando me vejo aqui
entendendo o que pode vir
cansa(mente) mentiu pra mim
acreditando ser solução

Quero,
não sei se ir
ficar ou não
Predisposição
Já não vive tanto em mim
Já não sei quais os caminhos
talvez seja, Sozinho
o nome do meu vizinho
que mora comigo
em toda canção.

5 de fevereiro de 2017

Não consigo dizer não ao amor


Ele chega inocente
com uma cara de gente
chega até embaralhado
com sorriso posto em lado
eu então deito, me abro.

Olha quanto amor
há dentro desse meu corpo,
a ponto de sentir
onde tá o amor dos'otro
e quando vem pra meu peito
e quando vem pra meu gozo.

16 de janeiro de 2017

Amor lunar

Meu coração é gelado
gosta da quentura do mar
gosta dos rios ultrapassando
nadando de longe, canoa lunar

Meu coração não ferve
porque a fervura só queima
não me deixa sentir
se é feito a 2, em quarentena

Meu coração é morno
macio e aconchegante
Como meus olhos em conforto
Ou um corpo em coração navegante

As vezes dorme ou faz coro
e brinca tanto que em agosto
brincou com o vento, feito amante

Brincou de olhar e olhar
fez mão de gesto, dançar
fez quarto e sala, matar
matou a sede de amar

E amou o sol e o vento
deitou em corpo pequeno
rezou de agosto a dezembro
amou tais sonhou, lunar.

16 de janeiro de 2017

Salve!

Salve o moço
que dos olhos entrou no poço
subiu escada como se existisse
me levou pra enxurrada, firme
me trouxe sorriso
de mergulhar e não cair

Salve a moça
que me fez não ter fim
que me fez conhecer o corpo
tocar o gosto
sentir o gozo
dormir na noite que contrair

Salve toda a rapaziada
que não foge da raia
mesmo sabendo
que a vida é sem fim.

14 de janeiro de 2017

meu bixo Mulher

Sou bixo nervoso
que tem dia que acordo
num dengo sem tamanho

Pior seria nascer como nasci
estranho.

O corpo gruda na nossa pele
Diz a verdade que escreve
o que os olhos avistam
Mas nem sempre pede, floresce

Meu bem,
não tenha medo desse bixo estranho

Mulher azeviche
de olhar engano,
é corpo moribundo
por debaixo de pano



14 de janeiro de 2017