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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A um Homem, Branco, Heterossexual.

A você companheiro, estou pedindo (ainda) que ouça e que me entenda.
Com toda a paciência que tenho, e olha que tem sido muita.
Porque por mais que eu grite, altere a voz e aponte o dedo na sua cara em alguns momentos,
SIM, eu tenho sido paciente.
Eu ainda te vejo como companheiro.
Por mais difícil que seja para uma Mulher, Preta, Bissexual,
por mais intolerável que pareça ser, eu sei que no fundo, no fundo,
você é meu companheiro, você é meu aliado e não inimigo.
   É que suas atitudes, companheiro, fazem questão de tentar me provar o contrário as vezes.
Eu consigo até te admirar em suas lutas, mas infelizmente,
você ainda escolhe quais lutas tocar, e assim fica muito difícil te ver, companheiro.
O que você não consegue entender,
é que essas opressões que você não quer perceber, machucam.
E vindo do histórico de vida de cada mulher, pode machucar mais umas que outras.

Por último companheiro, não tenho raiva por você ser Homem, Branco e Heterossexual., não.
Tenho raiva (que tenho controlado) é de você não querer sair do local de privilégio,
Que bom que você não sofre nenhum tipo de opressão,
Mas por favor, por amor, pelo que você acredita...
SAIA DESSE LOCAL DE OPRESSOR.
  Não sei se percebeu, mas usei "companheiro" durante todo a carta,
para que eu nunca esqueça que você é meu companheiro
para que eu nunca esqueça que você é meu companheiro
para que eu nunca esqueça que você é meu companheiro.
E se eu to te escrevendo isso, é porque sei que no funfo, bem lá no fundo,
eu acredito que você não queria ser isso que você é.

"O maior erro do opressor, foi me fazer nascer."

domingo, 9 de novembro de 2014

Deixa quieta.

Me deitei sem nenhum cheiro
meus sonhos pulavam
minhas mãos inertes
e meu corpo calado
Esses olhos erguidos
não mexem mais
meu andar ta parado
caminhando no automático
A lua me olhava
sem eu nem perceber
o banco vazio
me deixava sentada
pasma. Adequada.
Um movimento deslize
e um puxão de acorda
O meu braço caído, pedia
Implore,
Eu inerte sem vida
pedia, me solte.
Sem sombra, sem norte
Aposte.
"-Ela vai parar,
levantar nunca fez seu estilo"

Nunca que eu tive esse vício
de querer melhorar.
Não vai ser me desafiando
que irei me levantar.
Minha solidão é querida
a criei como se cria um filho.
meu canto é desalmado
quando soa, morre todo um lado.


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Livro Aberto.

Tudo em mim é decifrável
Nada em mim tem um limite
Esfinge,em mim, nem vive.
Um poder despudorado
Vem de vez, me kahlo
Raso, me deito e fim.
Quando chega, chega bravo
sobe, trava, fuloro o raio
solta os ventos pede um sim.
Me decifram sem um medo
Oxum deságua meus segredos
O corpo nu não mata afim.

Deve ser dengo.

Não eram seus olhos que me convenciam
Era a temperatura de seu corpo,
de suas mãos.
Sinto que sua temperatura muda
Mas sinto também a sua fuga
Quando chega muito perto de mim.
Sinto suas mãos meio agudas
Passando por minha nuca
banhando todo meu dengo
me deixando assim
Me fazendo mole,
esvaziando a mente
me trazendo sorte
Me deixando sempre.

                                               14/10/2014

p/ Elenzita

Vez em quando.

Ela corroía, me amedrontava
Vez em quando vinha
Vez em quando nada

Quando ela não vinha
De longe gritava
Balançava os ventos
Me estremecia a alma

Vinha já correndo
Lambusando tudo
Me matando em mundo
Vinha me comendo

Eu já corroída, já não recuava
Vez em quando ia
Vez em quando olhava.

            16/10/2014

p/ Mamá.

Tardes

Tu vinha devorando a alma
Me tocando o corpo
Sem resultar a área
Me somando o gosto
Dividindo o estorvo
Subtraindo a carne
Multiplicando o gozo

Eu ia mastigando os versos
Sussurrando as frases
Não ficava perto
Te escrevia um filme
Editava em partes
Ilustrava em livros
E gozava as tardes

               16/10/2014

p/ Maria
p/ Joana

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Brincava.

Por dentro ela dava choque
Mergulhava no rio sem porte
Banhava pra mim o seu norte
Caída na pedra, molhava o chão

Seu nu, atrevido
Descia por meu umbigo
Escorria por minha garganta
Me arranhava, a santa

Subia por minhas coxas
Me segurava, calava minha boca
Desprendia as pernas das minhas
Derretia minha mente a toa

Vestia sua roupa por nada
Andava, já na sala tirava a saia
Se bulia, sorria
Brincava e de novo vestia

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Um filho de Oxóssi.

Essa conta de Oxóssi me rendeu um belo caso
Me esvaziou o frasco
Me cheirou o corpo são

Espremeu até o talo
Os espinhos encravados
Tirou pétala por pétala, quebrou o talo rosa,
em mim, Vulcão.

Me embaraçou os corpos
Em uma dança esquisita
Emaranhou todos os nós
Tentei sumir,
              segurou-me a vista.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Copo d'água.

Abri a porta do banheiro e dei de cara com minha cara no espelho, lavada, coesa
cheia de razão. Entrei no banho coesa, cheia de mim, botei um fim. Saí correndo
pela sala pelada, pra pegar a toalha que sempre esqueço no colchão.
No meio do caminho a campainha tocou e como eu sempre tava acostumada a
receber grandes amigxs pelada, olhei no olho mágico, destranquei a trava e saí correndo,
pelada.
Quando voltei, usava uma calcinha. Calcinha velha, rasgada, daquelas bem folgadas.
Calcinha de dormir.
Meu cabelo tinha acabado de ser lavado, sem creme, sem óleo, sem nada.
Fui na cozinha pegar um copo de água, copo d'agua extremamente pensado, pra
poder o olhar de lado para saber sua reação.
Peguei o copo, fui para sua frente e sentei no restinho de banco que sobrava de você.
Me virei de lado e ia começando  a contar um caso quando ainda de lado, me puxou
bem delicado, me jogou do outro lado e beijou meu corpo todo, no chão.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Era olhar.


ela olhava com olhar somente estranho
eu achava que era engano
ignorei e continuei a falar
acontece que eu nunca conseguia
minha perna já tremia e eu começava gargalhar,
meu nervoso aumentava compulsivo,
quando ela me avisava que um cisco ia tirar.
só que o cisco tinha caído pelo corpo
e suas mãos paralisavam
mas meu deus porque parar
Só que as vezes parecia meio estranho
já não sabia se era engano
resolvi não ignorar,
olhei no olho e tive uma certeza
só que foi tanta beleza
que a certeza se perdeu
mas se ela se mostrasse um pouco a frente
poderia de repente se encostar
sem se perder.
Imaginei então que foi engano,
me enrolei naqueles panos
e resolvi não te falar.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Briga, amor.

Aquela entrada retire
Aquele disse me disse
Aquela dor já sem fim.

O sorriso gostoso
O abraço apertado
O entrelaçar dos braços.

Minha saliva existe
Minha minha boca transmite
Minha risada omite.

Seu cabelo nervoso
Sua pinta no rosto
Seu corpo perigoso.

Nosso ato no quarto
Nosso olhar de cansaço
Nossa espera eterna,amor.

Nossos corpos colados
Fim do primeiro ato
Nossa briga eterna, dor.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Só pessoalmente

Te escrevi um baita samba
mas você não me ouviu,
te liguei você não viu.
Presenteei com flores belas
mas você não recebeu
o cartão que eu mandei
você também não leu
Mas os beijos que mandei
você veio aqui buscar
o samba ficou tarde
você não apareceu
mas destá que outro ano
vou pessoalmente dar.

      06/08/2014

domingo, 3 de agosto de 2014

Não me lembro, mas Venha!

Vem chegando
sem nenhum receio em mente
que o meu corpo até já treme
imaginando o que vai dar.
O travesseiro tá amassado,
a cama tá bagunçada,
o cabelo despenteado,
não deu tempo de arrumar.
Vai perdoando essa loucura
É que andava tão ocupada
Me lembrando de esquecer
que demoraria a ver você
Assim, bem de pertinho.

Que agora que te vi,
me lembrei que tinha te esquecido.
E não tá fácil de lembrar.
Me parece um rosto estranho,
de alguém tão conhecido, mas,
por amor, trate de me perdoar.
É que foi tanta gente junta
que só me lembrava de sambar.
Mas, pode se aconchegar,
ouvi dizer que a casa é sua,
e se é sua.
Pode entrar.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Sempre sono

Sempre que eu deito, durmo.
Em'bolo, me balanço, me fumo.
Envolta de um tecido, deliro,
E o mundo começa a ficar
Passivamente mais Kahlo.
Então eu deito e durmo.
E me param com uns olhos fundos,
Cheio de obra, manobra, malícia.
Os meus, baixo, bem baixo.
Eu, aflita, sem querer ser ambígua.
Ele, afobado, um menino, do mato.



        30/06/2014

Às Pretas.

na foto: Patrícia Chaves.
28/07/2014

domingo, 27 de julho de 2014

Carta a "seu poliça"

Me desculpa seu poliça
se sou preta.
Se já de longe lhe apresento desconfiança.
Se desde cedo não entendo o seu motivo.
Se desde antes eu carrego a minha herança.
Me desculpa seu poliça,
se eu só uso chinela, se minha roupa parece "trapo"
É que o dinheiro desse mês, seu poliça,
não deu nem pro feijão no prato.
Me desculpa seu poliça,
minha falta de educação, é que ao invés de ir a escola,
eu ensinava seus filhos, a não falar palavrão.
Agora me dê licença seu poliça,
que eu não te peço mais desculpa,
Minha paciência se esgotou,
estamos em tempo de luta.
E só pra te lembrar seu poliça
tu é preto que nem a gente
te alembre do nosso povo
povo que tu mata
mata tanto que nem sente.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Uma lapso



Ele fazia esporte
como quem lê o Neruda
Ela era atriz desse mundo
injusto e cruel com o futuro
Ele brincava de jogo
e jogava até com o amor
Ela não atuava direito
se embolava e esquecia o texto
Ele entrava no camarim
sorrindo e questionando tudo
Ela abria um sorriso
Mas por ser desastrada...
tropeçava e caia no chão.
Ele sorria e saia
sem prestar satisfação
Ela achava o máximo
toda falta de intenção.


22/07/2014

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Hoje é dia de Emancipação!

-Anda minha filha, vai lavar as roupa.
- Já tô indo mainha, deixa só secar as outras.

Carreguei um pano nas costas,
dizendo que ia lavar.
Carreguei uma faca na mão,
dizendo que ia amolar.
Carreguei um orgulho comigo
pra mudar o destino desse lugar.

A faca eu até amolei,
pra o homem que levantasse a mão
O pano eu botei foi na cara
pra que poeira nenhuma
tirasse meu pão.
Sertaneja sei como que sou,
sou de lá, foi o sertão que me gerou.
A poeira de lá é mais braba,
vem diretamente do chão.
A poeira daqui é covarde,
arrudêa camuflada 'sem intenção',

Minha faca que eu tinha falado
há muito já tava parada.
Mas minha faca só anda amolada
E quando amolo demais...
Eu finco ela até em coração.
É dia de emancipação!

Hoje o samba anunciou.


Acordei pedindo um samba
Pois o som que já tocava,
De tempo em outro, parou.
Quando acordei, o samba anunciou...
Que faz parte de todo samba
Sofrer por um grande amor.

Mas o samba anunciou...

Que hoje ía comer no centro
Já botei meu vestido rodado, o samba já ta bem alto e o sorriso ficou largo.

Hoje o samba anunciou...

Todo sofrimento que se preze
Um dia se entristece
Com o surgimento de um outro amor

Hoje o samba anunciou...

Que meu samba ta mais bonito
E meus olhos menos aflitos
Pela certeza de meu novo amor

Hoje foi eu quem anunciou

segunda-feira, 7 de julho de 2014

De dentro, amor meu.

Você me ama de uma maneira turva
Louca, da silva, da vida, da vida híbrida.
Com esse amor que tu me ama, eu chacoalho tudo.
A alma, a cama, a morte, a vida.
E é tanto amor que tu me ama,
que mesmo quando não te amo,
o seu amor, me transborda os braços, as pernas.
Refazemos uns laços.
Esse amor que tu me ama, é tão grande durante o tempo,
que eu até cheguei esquecer,
que esse tal 'seu amor'
na verdade saia daqui de dentro.


08/07/2014

sábado, 31 de maio de 2014

Janela


as portas fecharam no peito
a janela já ta se encostando
o tapete já não tem nada escrito.
E aquela sua velha conversa,
já não causa perigo.
E dessa vez eu não minto.

Aquele seu velho abrigo
desdigo, toda e qualquer atenção.
O telefone que não para, impotente,
agora sem      
              , não será tão contente.

Já me vou, por ser útil
porque se não vou, vou forçada.
Se fico, fico esboçada,
de uma dor que seja inútil.


                 01/06/14

Tudo que fica, irrita.

Hoje quando acordei, me olhei no espelho
vi aquele grande cabelo e decidi cortar.
Fui no quarto e peguei a tesoura.
Soltei a tesoura.
Fui na cozinha e peguei uma faca.
Rasguei meu cabelo como quem rasga um peito,
cortei meus dedos sem um mínimo de segredo.
E doeu, o couro doeu, a mão doeu, o dedo doeu,
menos o peito.
O peito esclareceu, que corte que doía,
era corte de medo.



       31/05/14
Para: Katarina.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Vício.

Hoje quando me corto com a faca que te feriu,
me falsifico com a ideia de estar nua.
Mas, minha nudez por ser externa,
por si só, é falsa, é desalmada, é dolorosa.
Só que eu me alimento de dor,
e com o Amor eu faço isso: Ridicularizo.
Mentira.
Amar, pra mim, já se tornou um vício.


7/5/14

As feridas Fridam

As feridas estão se abrindo de maneira louca,
de maneira turva, de maneira tosca.
As feridas estão migrando, sangrando,
borbulhando.
As feridas nunca cicatrizam,
elas enganam, fazem feitiço.
Mas, as feridas migram.
As feridas Fridas.

9/5/14

domingo, 6 de abril de 2014

É preciso dizer. Foi Você.

Ah, você falou pra mim
Que ia amar por ti
Que ia me querer o bem
Que me faria amar também

Mas, sua fala ecoou
Como você e eu
Como um outro adeus
Como um amor com fim.

Sim, o dia já chegou
O dia já passou
E ainda sigo aqui
Sem conseguir dormir

É, 'cabou'  o bem querer
'Cabou' o nosso bem
E o que restou de quem
Foi só o tal do amor.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Fuga

Minha fuga passa por mãos.
Mãos grandes e grossas,
mãos finas, delicadas,
mãos que acariciam,
ou até mesmo, mãos que matam.
Minha fuga escorrega pelas coxas.
Coxas pequenas e largas,
coxas lisas e cheia de água,
coxas que se encostam,
ou até mesmo, coxas que me esmagam.
Mas, o máximo da minha fuga,
é derreter o corpo inteiro.
Meu corpo derrete como quase um recheio.
Derrete por todos os corpos,
nem precisa ser alheio.Inteiro.


24/01/2014

De mim.

Já não quero esse não sentimento dentro de mim.
Já não quero você sem mim.
Já não quero seu corpo dentro do meu.
Já não quero o meu prazer, pelo prazer alheio.
Já não quero o próprio.
Já não quero o dito pelo redito.

Quero o empecilho.
Quero menos eu e mais você, não.
Quero meu eu acima de você.
Quero caminhos e estradas longas.
Quero adiantar o passo sem olhar a sombra.
Quero vagar e cantar sem rumo.

Querer eu quero o mundo,
não querer, também não quero nada.
Mas, é que eu preciso de um pouco de mim.
Nem que seja por um instante,
nem que seja pra distrair.


 28/01/2014

domingo, 19 de janeiro de 2014

MUDA.

Anda, andando tendo,
anda buscando julgar o alheio.
Para e julga, julga sem freio.
Fala pra porra e não fala nada de efeito,
efeito, é feito pra julgar sem medo.
Mas, o medo de julgar deve existir sem receio
Receoso seja feito o do peito
Que te olha e te vê sem efeito.
Te olha te busca, te quer sem lero
Muda a rima muda o nome, que agora to esperto,
Agradeço a morte que existe de corpo,
só assim a gente aprende a parar de ser oco.
muda a rima, muda o mundo, muda tudo de novo.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Meu Amor foi ali.


Ele foi ali e nunca mais voltou,
saiu pra comprar um cigarro,
me deixou no carro, parada, estática,
e como sou dramática, gritei.
E de repente ele voltou, eu o esmurrei.
Briguei, chorei e depois parei.
Ele tinha voltado.
Agora já éramos mais que um caso,
Agora, éramos um caso bom.
E eu sempre tenho o dom,
de amar todos meus casos.
Nem que seja por um lapso, é culpa do acaso.
Ou culpa do vento, que traz a respiração com o tempo.
E não me deixa esquecer os meus casos,
só por acaso.

Meu corpo mente

Meu corpo pulsa, meu corpo inteiro.
Meu corpo mente, sem qualquer receio.
Meu corpo sente, todo e qualquer corpo alheio,
mas, meu corpo mente, sem nenhum receio.

Meu corpo grita por culpa do anseio.
Meu corpo não busca sentimento sem freio.
Meu corpo implora por corpos a passeio,
mas, meu corpo mente, mente sem freio.


   16/01/2014

O Amor se cansou de mim.

O amor não quer mais papo comigo.
Não sei se choro ou se grito, ou se deixo e sigo.
Entender o meu amor tá cada vez mais difícil.
Já não sei se é vivo ou mentira,
se é verdade ou já morreu, creio eu.
Está guardado, trancafiado, que nem eu posso mais achar.
Ta trancado por precaução, pela última desilusão,
meu Amor se recuou, no meio de mato, voou.
Eu deixei ir, voe, amor meu, voe, volte um dia
se pretender, por obra do destino, ou sua, me deixar amar de novo.



13/01/2014