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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Movimento

Meu corpo
Na busca incessante
De um conforto obsoleto,
Procura em meu peito
Essa vontade perto-distancia

E vago no quarto
Deitada em lado
Olhos sempre fechados
Já lhe sinto em mim.

E vou sentindo em teu peito
Um bombear no coração
Me contando segredos.
"Volta a bater, ou não".

E me passo em enxurrada,
te levando comigo
a boca se faz em sorriso
que se mergulha peito em água.

E o conforto refaz o laço
De obsoleto a novos tempos
Sendo construído a passos largos
E nossos valores se reescrevendo.

Lhe cheiro os olhos
Te vendo inteiro
Me pego em medo
Com essa oração.

E olho feio
por sentir medo
não quero isso
não gosto não

Lhe quero tanto,
quanto
O dia em que corri
Porque vi algo passar
E você é que tava lá
Assentado, parecendo uma ilusão.

Fui de mão ao teu encontro
Carregada de vícios
Carregada de sorriso
E fomos fazendo a limpeza da casa.

E agora sinto sem jeito
Um dos nós se desfazendo
O tempo sede efeito
De chegada de novos ventos.

Lhe quero tanto
Que sou capaz de virar vento
E arrodear seu corpo inteiro
E lhe sentir ser movimento.

16 de outubro de 2016


Você

Eu chego em casa
tomo um banho
visto uma blusa
e toda ela é você.

Teu cheiro
Teu corpo
Teu gosto
E o todo meu,
vira um todo de você.

E sou então tomada em gozo
soluço em prazer
Em calma lhe ouço
até seu respiro
sorriso, suspiro
De cada noite
em que tive você.

Você lhe repito
a todo instante
Sem nenhum martírio
Em lhe ter, mas tão longe.

Você em seus gestos
guardados em mim
Você, eu confesso
eu queria aqui.

Você,

Achei tão lindo esse nome
Depois que nele,
entrou você.

8 de novembro de 2016

Me interessa

O querer se alimentar
te alimentar
nos reinventar

Querer-se redimir
o que ainda está por vir
só chorar se sorrir.

Acumular o ouro
dividir o tesouro
ter o direito de amar o outro.

Acordar sem pressa
só ir por vontade, a festa
se amar inteira,
me interessa.

6 de outubro de 2016

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Tempo, verbo amar.

Teus olhos aquecem em meu peito
o que chamariam de conforto
Olhem os cheio de vida
Olhos envolto de povo.

De onde falo, aqui, palpita
em disparada  pelo mato
Fazendo do solo, sagrado
Correndo em boca, saliva.

Em transversal inquilina
um sentimento se absorve
O corpo expurga e se move
A absorção em vigia.

E como é feita de escolha
E o tempo é verbo de amar
Vou saneando o momento
Desabo em choro, a esperar.

31 de outubro de 2016