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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

não to afim

O erro é comum
aos olhos iniciantes
mas pergunto-me intrigante
é perdão que devo pedir?
Não sei, pode ser também que sim

" senti porque eu vi
vi e me fez sorrir
sorri pra não cair
no chão que me abriram aqui"
resumindo, não to afim.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

peito aberto, corpo fechado

peito aberto
mão por dentro
arrepio certo
em gozo lento
minha curva implora
me dobra as costas
minha boca agora
lhe quer por dentro
vai e vem de perto
agora firme enquanto eu peço
vai e vem espero
baby calma, sem mistério
tu é feito menino novo
verde ainda, furioso
curioso
olha só, a lembrança em meu pescoço
muita noite
pouco sono
muita cinza
ônus, bônus...
Meus amores se foram
porque não amei ter um dono

17 de outubro de 2017

Pega visão

Pega a visão e aprende a ler
Ler o rosto dos irmão
e das irmã que trás um parecer
a não ser
que você
só queira ler
o que escreveram
e lhe meteram
goela abaixo
o tempo inteiro
Que diaxo
de novo goela abaixo
ignoram o que sei
porque não sei sobre o prefácio
e agora o que faço?
ninguém nos disse que seria fácil
mas de difícil já basta a vida
pra ir ainda em busca de corrida
pra alimentar o meu cansaço
Agora terão de entender
minha fala
meus gestos
ou então ficaram incréculo
me impedindo de fazer.
Tchau e bença pro seu verbo
até escuto, mas espero
que se tratando desse credo
aprenda logo a nos entender
é de verdade que se faz, cada gesto na vida
e se você não simplifica, mente em olhos e não vê
que existe leitura de vida

18 de outubro de 2017

domingo, 8 de outubro de 2017

deixa pra lá

Cadê você que não apareceu
chegou, sorriu, dormiu, sumiu
e meu corpo nem viu
pra onde que foi o seu
se queria o meu
pé do ouvido, adeus
foi o que pareceu

Fugiu
saiu
e me viu
na esquina de um bar
beira mar
eu e tu, lá
parado, sentado
como quem fala com olhar

deixa pra lá
minha poesia escolhe pessoas
pra eu poder falar
mas deixa pra lá
pode ser gostoso
querer, nem lá nem cá
 
8 de outubro de 2017

Vem embora seu louco

Vem embora seu louco
só um pouco
trocar uma ideia
entre papo e letra
fumaça e cerveja
nós dois no quarto
ou na mesa

Quente o cheiro no ouvido
e enquanto isso
bola logo menino.
Jajá eu me achego
ou tu, no banheiro
banhar comigo
mergulha inteiro
sem medo
receio
do que pode vir daqui
Nuca
pura
nua
jura
que o arrepio foi boca tua
Viu
entrou
olhou
sorriu
no final nem sabe
se perdeu no desvio.

8 de outubro de 2017

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Cria das águas

Quando nova, mergulhava nos rios
como uma piaba solta
ninguém pegava meus olhos
meus olhos viravam água,
viravam flores
que ninguém nunca viu

Fui crescendo no colo d'água
fui sendo dourada,
nas pedras da chapada
deitada, enquanto o sol planava em mim
Cresci com os olhos brilhando água
meio torta, meio vaga
densa, forte, rasa
funda, só se for de pulada.
Fui sendo moldada,
pelas pedras, pela mata
pela chuva, pela casa
Hoje, meu corpo parece uma jarra
em que dentro, só tem água
bexiga d'água
colchão d'água
balde d'água
caixa d'água.
Virei a menina d'água,
o rio de alma
a correnteza que leva
para o mergulho na casa
Sendo a queda sem impulso
quando vê já ta no fundo,
sem ter mais como subir.
Água é sempre boa
pra quem sabe nadar
quem não sabe, vem à canoa
e siga rumo pra lá.
Entra na água quem quer
ou quem por acaso caiu
as vez foi só o olho da água
que tu olhou, mas não viu,
escutou o que não devia
era o canto, da menina para o rio.
Me adentrarei por entre as águas
sempre que algo me acontecer
me banharei no rio d'alma
pedindo a benção da mãe,
para poder me proteger.
16 de abril, casa.

17 de abril de 2017

E agora meu bem?

e agora meu bem,
como é que ficou?
Essa conversa de ontem
o almoço de hoje
o até mais do amanhã,
como é que vai ficar?

Meus zoio murcho
nem deu tempo de murchar
quando foi lacrimejar
o corpo ergueu num pulo só
como fosse avisado
do mal de agora
retraiu e fui embora
me joguei lado de fora
pra não ter que pressentir
que já estava por aqui
de algo nem iniciado
saiu da porta do quarto
com receio de olhar a mim
Evitou meu olho d’água
mergulhou e deu risada
mamãe não me ensinou assim
mamãe me fez de enxurrada
águas leves, doces, bárbaras
mas me ensinou a ser rajada
correnteza, daquelas que mata
a quem ousa subir assim
com promessa de cuidado
que é filho do mundo inteiro
e pra certeza de certeiro
gostaria de entrar aqui.
Mas é que deu uma saudade
de ver tu aqui de novo.
Como quase me invade
esse sentimento sem gosto
alterei o percusso da estrada
mas sobre isso, não lhe falo nada
a não ter que admitir
que meus olhos quando te vi
procurou em tu, a mim
eu avisei, não é assim
meus olhos nem me ouviram mais falar
Quando eu vi já tava lá
feito em colchão, enfeitiçada
por olhos grandes que também mata
se por muito olhar e sorri.
olhos negros, cor dos olhos
vou parar, mas eu imploro
não me olhe mais assim
feche seus olhos pra mim.

14 de maio de 2017

No Conto do Vigário

Eu caí feito planta na terra
de perna pra cima
com o olhar nos brincos dela
de olho nas vísceras
que apareciam no meio da vista
e resurgia na tela.

Cadê que não aparece
a menina do meu sonho
que milenou o mundo
com desejar de anos.
"Ela cafungou o litro
que deixei no quarto
tragou um, dois, três cigarros
e sumiu, como de praxe
correu pra fora do ato".

31 de maio de 2017

A Moça do Metrô

subindo o metrô
uma moça me parou
parou meu tempo
um momento
e logo depois se avoou.
se avolte flor.

4 de junho de 2017

mini monstro manual

Os homens em sua decadência
De machucar o corpo em meio
De fazer-nos sentir estorvo
De se ausentar sem fazer receio
Diante do todo eu vejo
Minha ausencia se estabelecendo
Criando flor no breu
Me diluindo sem tuas essências.
Homem, por amor
Faça-me o favor
De se olhar no espelho
E ver o monstro que tu virou.
 
9 de junho de 2017

Uma Brisa aos Olhos do Mar

Se vaga em espaços
De uma longa espera
De um mundo novo
De uma nova primavera
Um improviso que adentra
E no corpo se desperta
A ideia
De parar o tempo agora
De acordar em outra esfera
Que os sonhos não sofram
com os novos acontecidos
Que o tempo seja alívio
Desses tempos ocorridos
Que o pouso do descanso
Seja visto em vento forte
Sendo povo, sendo livre
Sendo sonhos em nova aurora.

26 de junho de 2017

Sertão-capital

Aos olhos do menino
meu corpo não se ergue
espera, acalma, difere
incerto dos desejos do mundo
Aos olhos do menino
entorno me confundo
não sei ao certo, sendo a noite
na escala do norturno
Sempre com olhos escondidos
quando olhados
tão breve
como um cheiro no ouvido
em final o corpo acorda
adentra um cheiro,
inala e solta
gritando a fala
que quero agora.
Aos olhos do menino
minha boca já não aguenta
minha fala fica cinzenta
em não se ter, em seu final
Uma boa noite
que seja hoje
que o tempo vibre
sertão-capital

28 de junho de 2017

Minha boca em cores

minha boca em cores
Frida Kahlo e seus rumores
de amar como a bem antes
o trotskismo só entre amores.
em casa, cintilante
esse corpo de amantes

Se agonia por todos cantos
E Vladimir grita em prantos
não caia nos cantos dos sabores
e me aparece como antes
em meus olhos de ontem
uma camada de ação

gritam-se pelas esquinas
"Destruíram-se em ruínas"
A revolução começou.

e me aparenta a sangue quente
com uns olhos reluzentes
brasa, cama, ama
e jura me encontrar internamente

mais ação e junta a fala
lambe o gosto
e me jura o gozo
sem virar um burocrata

9 de julho de 2017

Sorriso longo, distância em corpo


Nos ensina o amor
em cada rima de cada verso
desata nesse mundo
o que há tempos já espero
te levo no verbo
me leva no credo
de amar a noite toda
Mas, pela manhã...
Também quero

Preta, latinoamerica
meu corpo agora lhe chama
como meus olhos na tua espera
De dança em dança
a gente balança
a gente avança
quero, não quero
parecendo uma criança
Resultado eterno
empaco, erro.
Na decisão ultimato
Refaço e embarco
não tem jeito
está agora cá no peito
essa vontade, dos trejeitos
rarefeito
fez vontade de ficar.

1 de agosto de 2017

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Meu projeto de defesa

Minha defesa se faz em projeto
projeto de vida,
que não seja restrita
pra quem já seja liberto

Incerto
Minha liberdade se faz conjunta
minha voz que grita
é a mesma que afunda.

Em debate estratégico
falarei sobre sua postura oriunda
de convívio a mais
Talvez pra ser aceito
tenha virado, capataz.
se volte para cá, rapaz
e ande junto para poder seguir

o povo pra ser unitário
precisa de fato
não servir
aos doutores sábios
que podem até ler
mas precisam agir.

um adeus para sorrir
da tempo de caminhar junto
só guarde a soberba
para os reais fins do mundo.
 
28 de junho de 2017

ENTRE PAREDES DE UMA SALA

Quanta misoginia
em tal boca de provérbio
que só defende o credo
como sendo seu próprio guia
ignorando vida ao certo
mas, tu só queres tua alforria.

Mas, olha que ironia
nesse verso que tu fala
mal olhou na minha cara
nem me ouve e já silencia.

Ou melhor, permite
que minha palavra se faça livre
desde que, só tu revides.

As mulheres são colocadas
sempre a postos de serem
hipersexualizadas.
Nos querem em pose submissa
com uma bunda, ao invés de uma cara.

SUBVERSIVA, desgraça.
É o único sub que darei minha pala.

Agora, ninguém mais fala
e o que me cala, ecoa pela sala...
"Misoginia se faça livre, quem não quiser, que se saia"

Agora já basta
quando dita assim
em soberba, enfim
mostrou o que estaria, por detrás da barba.
 
28 de junho de 2017
 

quinta-feira, 25 de maio de 2017

meu corpo em cores latinas

Meu corpo em cores latinas.


As coxas se roçam
encostam
se gostam
e esboçam
o esfregar dos umbigos

abaixo em sol sustenido

acima somente o gemido

e depois tu jura
que dança comigo

o perigo de uma dança assim
é terminar e não ter fim
eu em tu e tu em mim
e meu corpo quase em gosto
de sentar ao pé da sala
com uma cara animada
de olhos ressaqueados
e maquiagem borrada

e me escorre em saliva
nessa dança
" -Me permita?"
se encostar assim, em mim.

me voy a salir sin pagar.


25 de maio de 2017

venho das terra braba

Eu vim
Depois Mainha veio
Depois Mainha voltou
Achei que seria eu
Um escanteio.
Quem tem companheira
Tem além do fim,
Os meios
Quem tem companheiro
Esquece na vida
O que é ter medo.
A-gra-de-ci-da
Chovem pessoas em minha vida
Uma chuva tão querida
Que nem a água vinda
No nosso sertão de deus.
Cai a chuva esperada
Molha o chão
Terra rachada
Planta fruto
Colhe alma
Se alimenta em terra amada.
Eu até amo Salvador,
Mas eu vim da terra braba
Onde o choro se engole
Pra nao ter cabeça baixa
Levanta e segue rumo
É a lenda que é contada.
Mainha me criou
Pra nascer cobra criada
Mainha me preparou
Mas não contou sobre as estradas.
A vida segue difícil
Longe das terras abençoadas.

23 de março de 2017

Três aninhos sem Ninho

as vezes parece eternidade
as vezes parece redemoinho
parece que sinto o seu carinho
parece que sinto sua liberdade
Me lembra o som da tarde
Belchior ou Benito
Pedro de Lara e seus gritos
ou seu sorriso que invade
A incelença de um amor retirante
de Elomar a Xangai no sertão
meu amor por cantar a emoção
de ouvir nosso amor, cada instante
Do abuso esporádico da mão
futucando, impacificando o coração
no outro instante catando chão a chão
os papéis escondidos no colchão
Bate saudade, vez ou outra, ou não
as vezes é só sensação
de ter você agora
correndo em outra direção.
te amei ontem, hoje e na próxima encarnação
havendo ela, ou não.

abril de 2017

terça-feira, 23 de maio de 2017

Minha cabeça se enrola toda

Se vira em seu corpo
olha
mistura tudo aqui dentro
em dedo de gosto
em gole de café
em uma noite de prosa

Se lhe viro as costas
me desenha em caneta posca
minha tag, nossa cor
seu tremor,
que bate em minhas pernas
goza

Teu corpo em papel
caneta, lápis, pincel
e minha escrita escorrida
como água caindo de céu
nuvem, sol, chuva
dia embaralhado
e enquanto lhe escrevo
tu só olha de lado

Deixa de xaxo,
minha cabeça enrolada
faz tudo virar um saco
o copo molhado
o corpo suado
tudo só faz sentido
se tem tu ao lado.

Ao lado, não entende-se a frente
pegue seu passo
não me atrase o lado
vem se amar assim, diferente
eu, você, e quem mais quiser vir com a gente

Meu corpo só recua com dor
que só nasce aqui dentro
com despedida de amor.
Ou tu se aqueta em decisão
ou pula, aparta, de meu campo de visão

Se faça em tag escondida
não marque a mim,
marque a vida
Meus olhos não choram mais
com tanta despedida

Ou tu vai mesmo, ou tu fica.

23 de maio de 2017

terça-feira, 9 de maio de 2017

correndo entre lobos

Nós fomos feitos assim
tu pra tu, eu pra mim
já facilita um bocado
meu entendimento do fim do caso
Me adianta em sensações
o que expeliria no quarto
ao seu lado
querendo colo,
tato
olfato.
E me inunda no peito
a continuidade dos fatos
Em retratos não tirados
muito menos salientados
encruzamos o que passou
registramos o que passado
ficou.
"enrijece em tela nova
um concentrar de dados
um Bem querer falando
entre
Vai se fuder! Seu otário "
eu já sabia do início
parece clichê dizer
que o senhor agiria
assim como os outros fez
a tal meu corpo, que grita
tão longe você me agrida
olhar arredio facilita
a sua queda à entender
Não me envolvo com essa gente
que se alimenta da vida
da vida de outra pessoa
só pra não ficar faminta
se levanta usando
pessoas como suas escadas
eu não serei pra ninguém
mais um burrinho de carga
Eu topo a divisão com a junção de amor.
em que todos os lados
carreguem junto
a porra da dor
dói no meu peito
sentimento de revolta
mas é de mim, que não ouvi
e que não vi em seus olhos sobre sua historia
meu corpo avisou, informou
tentou me ajudar
só que aí a insegurança
enviou preliminar
aí já sabem como funciona
se sente só,
um nó
que impede a quem reclama
de falar
oscilando o tempo inteiro
só se percebe o começo
depois é assim, um dia lindo
e os outros de receio,
sorrisos de álcool
embriagados deliciante
um acordar tão desgraçado
e uma tarde, ameaçando, massante
Não meu bem
pode ir
caminhem para fora daqui
Você e seus olhos mentirosos
de teorias e de impostos
de conversas em simpósios
que nunca conseguirei ir
Tal sua boca me invade, com palavras tão bonitas
mas meu corpo me impede, de esperar a sua vinda
acabou os sentimentos
e me misturei de novo
oscilou, então me ajudem
caminho ou corro?

9 de maio de 2017

Adiós

eu sabia,
por que diabos fui me meter

se há tempo já se via
jornal anunciaria
até revistas e TV

não quero mais essa brincadeira
de apanhar do racismo
de apanhar do machismo
e ser assim a vida inteira

parece intuição
"Não se envolva com fulano não"
diz seu amigo peito,em conversa pro coração

como não? tenho que podar agora
qualquer forma de sensação?
Sim, parece uma loucura,
amolecer-se em formato dura.

agora irei ouvir
no primeiro chamado...
Adiós, la voy a sorrir
Sin usted al lado

9 de maio de 2017

quinta-feira, 4 de maio de 2017

sobre o silenciamento que há.


seguiremos livres por aqui
sendo causada a dor
sendo causado o desgaste
as coisas só caminham
se alguém de frente bate
rebate
continuarei em afronte
do verbo afrontar,
afrontarei você e mais um monte
Não me use o termo audácia
sendo o seu significado
combater de frente algo
que fora escrito como remédio a farmacia
não preciso de prescrição
e muito menos sua autorização
para exercer algo que insisto em construir
Abaixe a sua fala
abaixe a sua mão
renove sua voz
não use essa entonação
de inicio,
vou em pitacos
sem seu entendimento
avanço no caso
sendo em lapsos de segundos
tu me transforma em bagaços.
cuidado,
bagaço mal bagaçado
cria um bolo,
causa engasgo
que em ápice de discussão
se revira
em minha morte,
ou em "-eu mato"
Aviso aos companheiros,
que nos calam em qualquer ato.
"- A voz que grita, não é só minha
só ouve a minha, porque falo alto
um convite as companheiras:
Gritemos juntas, lado a lado"
4 de maio de 2017

terça-feira, 2 de maio de 2017

bem querer se foi

quer queira, quer não
meu bem querer mudou de lado
vive em pausa do estado
de poesia pra mansidão

quer queira, quer não
meu bem querer vai dar o fora
mas, como gosto da demora
vou melhorar a situação

só viajo pra destruir o avião
ou é isso, ou meu voo em exploração

2 de maio de 2017

de ré, não

não, não, não
não to em tempo de ilusão
muito menos de velhos caminhos

esse caminho que tu me oferece
vá trilhar você sozinho

2 de maio de 2017

compromisso

minha cabeça não entende
o que é o compromisso
se é ficar preso
ou é ficar comigo...

feito berimbau leve

meu neguim
não posso permitir
que nossa relação seja assim
desse jeito
sem chuva, nem seca
nem sol, nem correnteza
parece ser um poço sem fim

um período de surpresa
berimbau em sua leveza
de fazer dedo cair

não, não brinque por aqui

brincadeira em 4 versos
meu sorriso vai virar protesto
antes mesmo de sair

"primeiro esquece meu nome
depois esquece meu dia
caminhando ao meu lado, some
sai na frente, gritando alforria"

alforria pra quem?
deixe de ousadia
não ouse pronunciar essa palavra
da tua boca escorre hipocrisia

Tu faz tudo tão leve
nem parece fazer mal
no final sua brisa bebe
como um ataque de animal.

2 de maio de 2017

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Menino bonito

Não,
parece que não desisto
e depois dos vinte e cinco
me encanto eu, pelo menino.

Em mente, meu corpo presente
cabeça deliquente, se aquete
se sente, enquanto preparo um chá.

parece que não ouvi
os rumos do batimento
que ultrapassa a porta ao sair

cabeça desnaturada, meu deus
já to dando risada,
sinal de loucura caminhando por aqui

como pode em corpo e mente sã
cabeça elucubrar, sem saber
se vem ou não

genuíno
raiz de corpo, menino
olho puro, puro brilho
com batida de pés que fincam aqui...

"I'm telling you that
I like it, like this, I like it like this
And you should know, you should know by now
I like it, I like it like this, I like it like this

you satisfy my soul, satisfy my soul"

01 de maio de 2017