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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Copo d'água.

Abri a porta do banheiro e dei de cara com minha cara no espelho, lavada, coesa
cheia de razão. Entrei no banho coesa, cheia de mim, botei um fim. Saí correndo
pela sala pelada, pra pegar a toalha que sempre esqueço no colchão.
No meio do caminho a campainha tocou e como eu sempre tava acostumada a
receber grandes amigxs pelada, olhei no olho mágico, destranquei a trava e saí correndo,
pelada.
Quando voltei, usava uma calcinha. Calcinha velha, rasgada, daquelas bem folgadas.
Calcinha de dormir.
Meu cabelo tinha acabado de ser lavado, sem creme, sem óleo, sem nada.
Fui na cozinha pegar um copo de água, copo d'agua extremamente pensado, pra
poder o olhar de lado para saber sua reação.
Peguei o copo, fui para sua frente e sentei no restinho de banco que sobrava de você.
Me virei de lado e ia começando  a contar um caso quando ainda de lado, me puxou
bem delicado, me jogou do outro lado e beijou meu corpo todo, no chão.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Era olhar.


ela olhava com olhar somente estranho
eu achava que era engano
ignorei e continuei a falar
acontece que eu nunca conseguia
minha perna já tremia e eu começava gargalhar,
meu nervoso aumentava compulsivo,
quando ela me avisava que um cisco ia tirar.
só que o cisco tinha caído pelo corpo
e suas mãos paralisavam
mas meu deus porque parar
Só que as vezes parecia meio estranho
já não sabia se era engano
resolvi não ignorar,
olhei no olho e tive uma certeza
só que foi tanta beleza
que a certeza se perdeu
mas se ela se mostrasse um pouco a frente
poderia de repente se encostar
sem se perder.
Imaginei então que foi engano,
me enrolei naqueles panos
e resolvi não te falar.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Briga, amor.

Aquela entrada retire
Aquele disse me disse
Aquela dor já sem fim.

O sorriso gostoso
O abraço apertado
O entrelaçar dos braços.

Minha saliva existe
Minha minha boca transmite
Minha risada omite.

Seu cabelo nervoso
Sua pinta no rosto
Seu corpo perigoso.

Nosso ato no quarto
Nosso olhar de cansaço
Nossa espera eterna,amor.

Nossos corpos colados
Fim do primeiro ato
Nossa briga eterna, dor.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Só pessoalmente

Te escrevi um baita samba
mas você não me ouviu,
te liguei você não viu.
Presenteei com flores belas
mas você não recebeu
o cartão que eu mandei
você também não leu
Mas os beijos que mandei
você veio aqui buscar
o samba ficou tarde
você não apareceu
mas destá que outro ano
vou pessoalmente dar.

      06/08/2014

domingo, 3 de agosto de 2014

Não me lembro, mas Venha!

Vem chegando
sem nenhum receio em mente
que o meu corpo até já treme
imaginando o que vai dar.
O travesseiro tá amassado,
a cama tá bagunçada,
o cabelo despenteado,
não deu tempo de arrumar.
Vai perdoando essa loucura
É que andava tão ocupada
Me lembrando de esquecer
que demoraria a ver você
Assim, bem de pertinho.

Que agora que te vi,
me lembrei que tinha te esquecido.
E não tá fácil de lembrar.
Me parece um rosto estranho,
de alguém tão conhecido, mas,
por amor, trate de me perdoar.
É que foi tanta gente junta
que só me lembrava de sambar.
Mas, pode se aconchegar,
ouvi dizer que a casa é sua,
e se é sua.
Pode entrar.