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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Teve, Tem, Sei Lá...

Tem um nó na garganta
Tem um peito que alarda
Tem uma voz que ressurge no meio do nada
Tem mãos acolhendo a pessoa errada.
Tem coisas subentendidas
Tem cabeça falante
Tem ouvidos esgotados
Tem boca frustrante.
Te um copo vazio
Tem pessoa desalmada
Tem calo nos pés jamais algum dia calejados.
Tem passado desimportante
Tem presente doloroso
Tem um futuro incerto...

Declaro hoje meu amor à todos.
Terá a vida, um sabor mais gostoso?

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Só Você, não é. Só nós dois, o Amor.

Quem dera se eu gostasse de escrever ou ler
Coisas como essas de querer só você.
Uma pena eu não ter aquele seu velho bom senso
De fazer o que promete e dizer:
"-Eu cumpro por você"
Mas, pra quê, eu vou querer ser você e seu bom senso
Se no fim das contas vai de contra
tudo aquilo que se aponta
Naquele meu velho caderno coberto de pano
Escrito o que um dia eu quis.
Pra nós.

Tudo Parece.

E tudo vai de contra e tudo foge de mim
Tudo me surpreende, tudo que me faz feliz
Tudo aqui nesse lugar, parece tão pequeno
Tudo cabe na estante coberta de lodo
Tudo mofa na escada que desmorona aos poucos
Tudo aqui é tão grande e o coração parece tão pequeno
Parece uma casa, meio desaconchegada
Parece um coração, meio maltratado
Parece um ilusão, meio desiludida
Parece um arpão entrando na ferida.
Tudo parece instável, tudo que é tateado
Tudo parece pequeno, tudo que é curvado
Parece que tudo está borrado.
Até parece que é feriado.


            22/10/2013

domingo, 20 de outubro de 2013

Há Tempo

E de repente todo canto se fez pranto
E se fez vivo quebrando o tanto
De amor que um dia foi esvaindo
De tanto pranto que parecia canto
E foi tanta água que vi descer
Que imaginei o barco virando você
Seu corpo afundando e sua alma afogando
E eu parada tentando entender
E como toda angústia que entristece
Na minha cabeça a confusão cresce
E se, por, essa, tiver alguma causa
Calma, meu amor sempre permanece.



         17/09/2013

risos.

Desculpe minha falta de animo, 
só que os risos tem sido raros, 
então eu evito quando desnecessário.


                      25/07/2013

'Amigos"

Você invade minha vida,
me toma os amigos,
deixa rastros na minha casa,
adentra o meu corpo.
E eu não faço nada, já não há o que fazer, além do feito.
Adentrei somente na Sua vida.
Sem amigos, sem casa. Sem nada.
Para que não houvesse o perigo de me apaixonar por mais nada.
Depois eu brinco querer ver seus amigos.
Mas, você com sua discordância, sempre os deixa escondidos.
Eu tento invadir a sua casa, que até chega ser possível.
"- O importante mesmo é me ter longe dos amigos".
Quanto perigo há nos receosos "amigos".
Com verdades cheias de mentira, você vai me mantendo longe da sua vida primitiva. Quanta ilusão e quanta arrogância.
Enquanto sua vida está intacta,
a minha está bulida, toda remexida, sem saber pra que lado vai.
Meu corpo está preenchido,
minha casa tá cheia.
Mas, minha vida desenvadiu-se de você.



                              01/08/2013

                               

Sem corpo

Meu corpo envolto de som, de música
Meu corpo colorido de nada, de tudo
Meu corpo atribuído ao corpo do mundo
Meu corpo verdadiando a fundo.
Meu corpo pela luz do sono profundo
Meu corpo estendido no chão imundo
Meu corpo afinado de canto chulo
Meu corpo, pelo amor dentro do corpo



                         08/08/2013

Sem

Te trago com beijos, nos meus os mais dilacerados,
Traz com os beijos os seus, que me deixam desejados.
A todo momento o consenso que vem e que vai
Segue de maneira a toa, que voa ao ver tu voar
Voa que leve a minha vida, que dada por finda me leva daqui.
Me fique, me finque no ar que não dá pra fincar.



                  14/08/2013

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Até quando.

Agora não,
por vez é não.
É um não bem mentiroso,
é um não até que pergunte quanto tempo irá durar.
Não procure, não pergunte se não quer me machucar.
Fique quieto, no seu canto.
Fique longe, por um instante se é que um dia me quis amar.
Te quero assim, longe de mim.
Logo busco o teu retrato, sem pena,
eu rasgo.
No meu caso, queimo vivo, qualquer chance de voltar.
Apanho toda lenha,
e no meio vai meu amor, vai tostar
carbonizar.
E no fim, vou querer rir.
Sem conseguir.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Um Lamento

Sinto por mim,
sinto por você,
mas, umas vez cansada
o que resta somente atrapalha.
Eu tentei, de todas as maneiras, busquei.
Com todas a fontes,
com todas as palavras,
de negrito a itálico eu procurei.
Algumas vezes até alcancei.
Entre outras, eu fiz que não via,
fiz que não sentia
todo o mal que me fez.
E seguia.
De diversas maneiras, fiz todas as besteiras
sem perder o respeito que tinha a você.
Com todos os motivos
pra olhar pro meu umbigo
eu olhei também pra você.
E se recebia uma carta,
por mais urgente que fosse
eu poderia estar farta
mas, talvez a carta eu sobreposse.
E cada vão, não foi o momento
me divertia com cada tormento
porque sabia que iria passar.
E chegou,
e cansou,
e acabou,
e passou.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Do leve

De maneira doce,
de maneira leve
De maneira doce
Com meu corpo leve.
Segue,
meu olhar leve
Fica,
de maneira doce
Pede
Que eu fique leve
Vinha
me chupar o doce
Mede
o quão doce é o leve.

Ao redor, Mulher.

desenho por: Gabriela Neri.

Quando eu acordo no meio desprovido delas.
Ânsia.
Quando juntas me esmagam com suas falas depravadas, me fascinam.
Buscam mãos em gestos casuais, buscam fala no silêncio,
silêncio corrompido de bancos e saltos, nele, sentado, eu.
No meio, em torno, elas. Todas elas.
brancas, negras, ruivas e loiras.
Ouvi-las é experimentar o sabor de cada fruta
Jabuticaba, melão, tangerinas e lichia.
Escorre esse sumo por mim,
Dentro, o sabor saboreado de maneira doce
Fora, a casca, poca...
Quando poca, abre.
Me abre junto, me acaricia a fundo.
E de uma conversa sobre tudo eu me lavo do mundo.
E se antes era imundo, agora parece que durmo em sono profundo
sem a presença constante delas. S
Sempre plural, derramando sobre mim a anti-existência das.

Acordo de um pesadelo terrível, em que eu me tornava ela.
Sem poder vê-las, pois agora sendo ela, sou somente ela.
E sem olhar, não sinto. Não me sinto.

Acordo, viro de lado e peço.
Respire em meu pescoço e coma uma amora.
Quando colorir a boca de amora escorrente,
coma uma melancia se limpando.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Adentrar em você

Quero me mover adentro de você 
Te rebolir por dentro, quero te conhecer 
Vou ver se teu sabor tem gosto de uva 
Quero me pendurar por teu corpo inteiro 
Fazer de seu braço, galho pra eu poder cochilar 
Olhar para o teu rosto e ver um mundo sem roteiro 
E subindo rastejando te envolver sem machucar. 
Eu quero lhe abrir como se fosse uma caixinha 
E guardar várias coisas, coisas que são minhas 
Pra quando eu notar, minha caixa não ser mais minha. 
Eu quero adentrar com um canudo em teus olhos 
Sugar a sua vista que parece a de um fotógrafo 
Depois iria embora, como quem deixa recado 
Você ficaria louco, meio atordoado 
Só que eu não iria embora 
Iria fumar um cigarro.

02/08/13

Afobado

Vai entrando, invadindo meu sonho sem permissão
Me joga no chão.
Eu fico sentada, calma.
Você chega rápido, agora você é o afobado
Vai tirando minha roupa
Vai me acariciando tato a tato
Agora eu já estou ansiosa
Esperando tatear-me alguns pontos
Até ficarmos tontos por fim.

02/08/13

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Origem Seabra, destino Salvador (a volta)

Foi chegando no ônibus assustada que me dei conta que já era dado o fim do caso.
Eram seis horas da matina e Salvador agora era a minha sina, não tem jeito, agora eu volto pra desolação.
Fui entrando no ônibus meio desconfiada, adiantando logo o passo, pra ver se deixo de lado o meu medo de vim embora. Conforme a estrada ia passando mais o rumo ia tomando e mais meu olho lacrimejando por ter que voltar.
Os balões pareciam ter sumido, as estrelas desapareciam, logo na manhã que eu iria voltar.
A Lua tão esperada, me olhou desesperada me implorando por esperar. Só que a estrada continuava andando e eu não podia parar. O ônibus como de praxe não parava de falar, me irritada dizendo que agora era de frente andando na estrada ao invés do trilho.
Então pra vim, eu tomei um dramin, eu preferi dormir a sorrir um riso mentido todo sentido sem ter o que falar.

Um texto de lembrança.


Um dia brincando de adoleta, eu tive a certeza que ser criança não é criançar.
Eu Fui na cozinha, abri a gaveta e peguei um faquinha e disse a minha tia que cortaria tudo que um dia me machucasse.
Começou pelo sofá, fui sentar naquele chato e uma mola atrevida arranhou minha barriga e feriu meu pobre gato. Eu peguei minha faca, e da mola atrevida eu transformei em estilhaços. Na mesma hora guardei a faca, com medo de um dia enfiar ela na vida que não cansa de me machucar.
De noite mudei de ideia, peguei um corretivo e disse que cobriria tudo que não fazia sentido, e cobri o meu castigo.
Mas, de manhã ao acorda, eu decidi "Vou pintar tudo que for amor."
Acabei pintando tudo e até hoje eu pinto o mundo e a tinta não acabou. Haja Amor.



                                              4/julho/2013

Exigências


É como um estranho no ninho, tão estranho quanto um ninho entranhado de estranhos por todo caminho.
É como um mundo sem viga, sem figa, sem vida.
É um pau no galinheiro, tão bom se fosse ninho, tão bom se fosse inteiro.
Se vire, ou, fique assim mesmo como está. Deve ser confortável ser alguém e não amar. Ou ama, se ama, mudo. To exigindo demais do amor.



                                        8/ julho/ 2013

Panos.


Comecei me questionando, se iria ou não.
Tropecei nos panos, e os peguei para os meus.
Levei e estirei-os sobre um mar de devaneios e subi, montei, sei lá o que fiz, mas, fiz.
Usei de todas as maneiras, os panos, não pense besteiras. Coloquei sobre meu corpo de tal maneira a que devotos também fossem aos beijos. Beijos, como se atrevem a invadir meus textos.
De volta aos panos, que aos beijos já se renderam de tal forma a me esquecer, creio eu, creia você.
Creio em nada a não ser nos devaneios.
Me esqueço que os panos a nada clareiam, a não ser os mandados e inclinados em um destino sem tamanho. Por pouco eu não creio que os panos tem tamanho.
O quão tola eu seria, querendo que delimitasse um estado de euforia.

Se eu fosse Raimundo mudaria

E com uma mania implacável da sua falta de paciência
Fui deixada meio de lado pra observar sem complacência
Fui notando algo errado na distância ocorrida
Resolvi me aproximar pra ver se ganho vida
Um tremendo estrondoso que não vejo a tempos
Como pode fazer falta se não toca um instrumento?
Toca o mundo rege o céu, entre o céu e o mundo
Gostaria de tê-lo a fundo
Coloriria o mundo de rima
E te rimaria sendo Raimundo.

Me leia enquanto é tempo.

Essa tua mania de querer me ler tá me tirando do sério. Tá me levando ao deletério de querer ser você.
É uma harmonia tamanha que só de te ver eu entro em loucura. É um estado de êxtase me movendo de dentro, remoendo meu estômago, vomitando o estado de coma entranhado a tempos.
Veja se me mostre o que estaria guardado de maneira grosseira, acariciando pelos dedos o que prontamente eu te mostraria em segredo.
Me acaricie com cuidado de maneira a ficar suado com tal movimento sem freio, alheio a ti.
E com um jeito bem rebuscado que tu tem de me achar, eu fico só pensando como vai ser se me encontrar. Sim, "se" me encontrar, porque a depender do meu estado, me faria um grande estrago. Vamos brincar de conversar, é tão belo como camar, tua magnitude que me envolve, me traz prazer nas veias, que faltam saltar fora quando ouço você falar.
É cheiro que sinto quando vai embora e demora. É cheiro de vida.
Viva a vivacidade das pessoas que vivem a cheirar. Me cheire antes que seja tarde, me cheire antes de morrer. Quando eu morro o cheiro muda, fica um cheiro desagradável, muitas vezes intragável até mesmo de olhar. Aproveite enquanto é tempo, use de mim, use do tempo, aproveite o não enjoou, pois toda vez que ele vem, vem sem medo vem sem calma, me derruba me maltrata, maltrata a quem estiver afim.
Por fim, por mim.

Dia 4 de abril de 97.


Era uma tarde e eu já via as estrelas aparecerem. Os balões meio que já desapareciam e as músicas começavam a aparecer. Naquela noite apareceria de tão bela e antiquada, a menina que de mim tirou risos em calda.
Parecia um pudim sendo deliciado, tinha, assim como os pudins, uma bela ameixa por cima. A sua ameixa mais parecia uma uva passa. Ela corria enquanto me fazia sorri. Correu pelo barro, sim, pelo barro mesmo, porque na cidade em que morava, não eram campos floridos, era mato, era barro. Nada era de plástico, tudo era vivo. O amor que me fez sentir era vivo. Enquanto ela corria eu sorria, enquanto eu sorria ela fugia de mim. Ela sempre desaparecia e surgia.
E todo dia 4 de abril eu a espero no meio do barro para que ela apareça.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Origem Salvador, destino Seabra.


Ontem eu peguei um ônibus, origem Salvador, destino Seabra, que tinha uma ótima sacada. Em vez de frente ele ia de ré, ia no trilho ao invés da estrada.
No começo achei estranho, mas, depois fui me acostumando com a ideia de voltar.
Eu era uma das passageiras que da esquerda para a direita, era a quarta a desejar.
Passei a viagem rindo, mas, rindo baixinho pra não incomodar. Vim pensando um bocado de besteira, em uma delas eu era estrela, na outra eu era um cometa e depois eu virava um cometa estrelar... rs.
Fui acordar depois de Feira, num tal de Santo Estevão que eu nunca ouvi falar.
A questão é que fui indo, como eu sempre ia dormindo, eu nunca tinha percebido que era de ré que sempre tinha ido.

domingo, 14 de julho de 2013

Terra

A Terra que a gente sente, sente tanto que nem teme o dia que nela vamos morar.
A Terra que dá alegria, dá tanto prazer que penso em voltar.
A Terra que brilha aqui dentro, brilha no mundo inteiro só de ofuscar.
A Terra da minha vida, a Terra cura a ferida que um dia tentaram futucar.
E ainda há aqueles que mesmo com toda beleza da pureza da Terra, a maltrata, a aterra, briga com ela, sem saber que fere a si mesmo quando fere a ela.
"Destroem nossa mãe Natureza e nos dão vossos filhos para nos confortar,
nos dão Flores."

segunda-feira, 10 de junho de 2013

as Luzes do prédio.

As estrelas foram substituídas pelas luzes dos prédios...
A Lua não mais ilumina, os postes já tomaram conta.
E eu, eu fico deitada na grama (que tentam podar a cada dia) vendo tudo isso acontecer, esperando que um dia tudo se apague.
E nossas estrelas voltem a brilhar, que a Lua novamente ilumine e que meus olhos voltem a lacrimejar, dessa vez, de alegria.
Se esse dia...
As luzes do sábado a noite seriam como pinturas.
As luzes por volta da noite se tornariam mais duras que puras.
E a menina rureste que canta com a cara pra Lua, passaria avoada no canto...
Dizendo que é nua.
-Só que a luz do prédio roubou a tua beleza...

Qual luz então é mais bela que tua tristeza?

terça-feira, 23 de abril de 2013

Sem


Sem

Queria o verso mais antigo para falar de nós
Um verso bonito e não,
esses versos oblíquos que faço sem pensar
Um verso carente, sem essa postura inconsequente
que escrevo quando estou doente.
Preciso de palavras novas,
porque essas tempestuosas
já não combinam com a gente.
Quero palavras sutis, doces, amadas.
Quero a calma das harpas ao som da flauta
Fazendo eu te enxergar sem luneta
Agora que enxergo toda a sua leveza
Busco sua riqueza que um dia deixei passar.
Em mim, em ti, nos tranborde o amor
Configurado de lado, atento, sem passado,
do passado, só o amor.
Sem o louvor disfarçado,
Sem o tormento de momentos
Só o amor.
Talvez você leia e não entenda,
somente compreenda, porque assim funcionamos bem,
sem quem nos diga nada.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Nosso, só nosso.

Depois que descobri a liberdade
nada mais foi como antes, militante.
Liberdade de morrer de viver de crer em você,
que sem você tudo pode ser, bom saber
que apesar de crer que meu amor seja inteiro
não percebo que inteiro seu não deve ter
nem meu, nem seu.
Deve existir o nosso, atendo o atento
que surgiu diante mim, surge agora diante ti.
Espero, não convoco, só espero
Já quis, hoje busco.
Hoje sento e espero.


                                                             15/04/2013

Mindo

E quando encarno e encaro que vi o que sei
penso em uma bolha mostruosa desfazendo um mundo.
Andarelando no meio de tantos brincos doloridos de mindo,
aflito contido, afinda contigo.
Sem tido, sem tigo,
o que passo não é escasso.
De você, que eu sinto, se minto não sei
Me iludo no mundo, que seu mindo faz mal.


                                                              15/04/2013

Mais

Nos teremos enfim, sós, nós
Todos nós, nós três, agora por nós
Embora, a fim, sem fim, assim, por mim.
Arfando o mundo, sem tudo, pré tudo
respirando sem fundo, emanando de bruços.


                                                     11/04/2013

Atenha ou me tenha.

Respiração contida, profunda
não quero que perceba meu rosto sem fuga
imunda, me inunda de água, limpa
tira o rosto, o mau cheiro impregnado
me tira o sabor do gosto maltratado
me banha de amor, puro amor
me tenha inteira desfeita de dor
calor, flor, amor, rosa.
Me tenha assim, longe de mim
perto quando é perto
longe quando não,
mantenha-me longe do seu perto
e perto do seu longe.
Mantenha
Atenha
Tenha-me.

                                                        07/04/2013

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O de sempre.

Poderia ter sido fogos
Mas eram bombas, o que farei
O de sempre, comemorarei.
E fui andando e comemorando, ninguém sabe o que
Talvez um novo ano, que vinha chegando
Com mais gente morrendo,
Com mais gente sonhando
Mas, é isso que se faz
Quando o ano que se acaba tenha sido bom demais
Cheio de coisa boa, cheio de alegria
Com tanta gente boa pra melhorar a economia.
Que felicidade, era tudo que eu queria
Uma pessoa me avisando
Que eu não posso ser minha guia.

Eu posso sim,
Sei o que é melhor pra mim
O dinheiro sai do teu bolso
Mas o caos chega até mim
E digo uma coisa já me cansei,
me desculpe Pensador
Mas agora é minha vez
Ando cansada, de enxergar o tudo
Gente vagando atrás de um rumo
Rumo sem fim e que não chega nunca
É só gente ambiciosa querendo conquistar o mundo
Nada é bom, nada basta
Tudo é pouco, tudo é nada.
Eu to ficando louca, acho que vou morrer
Mas relaxa mainha...
...vou esperar minha vez.