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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Ainda, Negreiro.

Vim em um navio mais conhecido, como
Navio Negreiro
Vim de um tempo,
em que lutar, não podia ser receio.
Nos trouxeram, e junto a nosso povo,
veio junto, o medo.
Negreiro.
Veio a luta, veio a busca,
e veio o sangue, o desespero.
E viramos os explorados,
viramos os feios, os de nariz largo.
Os de pele escura? Não. Aqueles de pele suja.
Aqueles, jogados no ralo.
E nos tornamos essas que travam luta.
Essas, cuja a burguesia, nos quer muda.
Se ausentam de nossas vidas,
como se não fizéssemos parte,
dessa pátria, por nós, nascida.
A nossa boca não mais se cala,
e se tentaram, haverá falha.
Nosso grito é coletivo,
não lutamos por só um umbigo.
Lutamos por um povo, que historicamente,
foi um povo oprimido,

outubro de 2015

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