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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

E agora meu bem?

e agora meu bem,
como é que ficou?
Essa conversa de ontem
o almoço de hoje
o até mais do amanhã,
como é que vai ficar?

Meus zoio murcho
nem deu tempo de murchar
quando foi lacrimejar
o corpo ergueu num pulo só
como fosse avisado
do mal de agora
retraiu e fui embora
me joguei lado de fora
pra não ter que pressentir
que já estava por aqui
de algo nem iniciado
saiu da porta do quarto
com receio de olhar a mim
Evitou meu olho d’água
mergulhou e deu risada
mamãe não me ensinou assim
mamãe me fez de enxurrada
águas leves, doces, bárbaras
mas me ensinou a ser rajada
correnteza, daquelas que mata
a quem ousa subir assim
com promessa de cuidado
que é filho do mundo inteiro
e pra certeza de certeiro
gostaria de entrar aqui.
Mas é que deu uma saudade
de ver tu aqui de novo.
Como quase me invade
esse sentimento sem gosto
alterei o percusso da estrada
mas sobre isso, não lhe falo nada
a não ter que admitir
que meus olhos quando te vi
procurou em tu, a mim
eu avisei, não é assim
meus olhos nem me ouviram mais falar
Quando eu vi já tava lá
feito em colchão, enfeitiçada
por olhos grandes que também mata
se por muito olhar e sorri.
olhos negros, cor dos olhos
vou parar, mas eu imploro
não me olhe mais assim
feche seus olhos pra mim.

14 de maio de 2017

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